terça-feira, 1 de novembro de 2011

Ricardo Bueno: “É complicado ficar explicando essa situação”

Por Danielle Rosa

Ricardo Bueno não tem explicações para a má fase do Palmeiras, mas não pensa em deixar o clube
Foto: UOL Esportes
Tudo normal nos arredores do Centro de Treinamento. Nenhuma movimentação, nada de protestos e os risos durante as trocas de passes continuam os mesmo. Na tarde desta terça-feira, o Palmeiras voltou aos treinos e o clima pesado de outros tantos dias não assombrar tanto.

Depois da derrota por 2 a 1 para o Atlético-MG, no último domingo, o Palmeiras já começou a semana com tumulto. No desembarque do time no aeroporto de Cumbica, um torcedor isolado fez questão de chamar a atenção. “Já não estão jogando faz tempo, nossa paciência acabou”, afirmou o manifestante Davi.

Um dia depois da confusão, tudo tranqüilo no CT do clube. Os jogadores entraram em campo para fazerem um treino em campo reduzido. Os goleiros, do outro lado do gramado, tiveram uma atividade para defesa de cruzamentos.

Felipão, como de costume, acabou o dia conversando com a comissão técnica enquanto caminhava pelo gramado. A preocupação com a má fase que o alviverde vem enfrentando nem deu as caras por aqui nesta tarde.

Nem os números parecem tirar o sono de jogadores e comandantes. Nesta temporada, o Palmeiras atinge a marca de 87 gols marcados. É o pior desempenho desde 2002, quando o time foi rebaixado à Série B do Campeonato Brasileiro. Naquele ano, o elenco, comandado por Vanderlei Luxemburgo, também converteu apenas 87 tentos. Nos outros anos, o número superava a marca dos 100.

E olha que não faltam oportunidades. De acordo com o Datafolha, o Palmeiras é o time que mais chuta a gol no nacional. A média é de 15,5 finalizações por jogo. Mas o grito de gol continua entalado na garganta dos torcedores.

A seis jogos de encerrar a temporada de 2011, o Palmeiras completou sete partidas sem vitória. E para complicar a situação, diante do Coritiba, no próximo domingo, não poderá contar com Maurício Ramos e Valdivia, suspensos após terem recebido o cartão vermelho diante do Galo.

A dúvida fica ainda para a volta do volante Marcos Assunção. “A gente perde de um lado e ganha do outro. Vamos perder na criação sem o Valdivia, mas podemos ter de volta a experiência de Assunção”, disse o atacante Ricardo Bueno.

O atleta, que ficou fora da partida contra o Galo e não vem sendo muito aproveitado por Felipão, tentou explicar a situação do time. “Não é um momento bom pra ninguém. Mas meu pensamento é fazer as melhores partidas possíveis para me firmar aqui no Palmeiras, porque eu quero ficar”, disse.

Nesta sexta-feira, 04, Felipão irá realizar outro treino especifico, desta vez para os atacantes. “Já participei desse tipo de treinamento em outros clubes. Acho bom, tem que fazer mesmo porque ajuda bastante. O atacante acaba treinando cada vez mais tentando chegar perto da perfeição”, revelou o camisa 9.

Perto da sombra do rebaixamento, o Palmeiras não marca mais do que um gol nos últimos dez jogos e vê cada dia mais a crise aumentar no clube. “Todo mundo tem sua parcela de culpa. Futebol é isso, há um mês atrás estávamos brigando por um título e agora estamos ouvindo críticas. É complicado ficar explicando essa situação”.

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