sábado, 5 de novembro de 2011

César Sampaio assume a gerência de futebol do Palmeiras

Por Danielle Rosa

César Sampaio volta ao Palmeiras como
dirigente. Foto: Divulgação
Para quem se lembra do Palmeiras da década de 90, não tem como esquecer alguns nomes que atuaram com a camisa verde e branca. César Sampaio lhe parece familiar? O ex-volante do alviverde sabe muito bem como é entrar no gramado com a torcida inteira empurrando o time, soltando o grito de gol, chorando de tristeza e principalmente de alegria com o Verdão.

Lembranças a parte, esse mesmo César Sampaio hoje está de volta ao clube. Agora não mais entre as quatro linhas vestindo o uniforme durante as partidas, ele retorna ao Palmeiras para assumir o cargo de gerente de futebol.

Anunciado esta semana pela diretoria, Sampaio chegou com o mesmo tom sereno que marcou sua passagem como jogador e fez questão de destacar que veio para somar. “Às vezes as pessoas confundem essa educação e até mesma essa temperança com um comodismo, um cara sem posição, sem voz ativa. Não é bem assim. A gente vai traçar uma maneira de trabalhar, quem quiser ir para o mesmo lugar que nós vamos traças, vai com a gente, quem não quiser, para o ônibus, o cara desce e a gente vai embora”, ameaçou o novo dirigente.

Em entrevista à rádio Estadão/ESPN, César Sampaio reforçou sua missão agora como dirigente. “Alguém que não esteja comprometido pode não só deixar de fazer a sua parte, como atrapalhar os que estão ao redor. Então, isso tem que ser de imediato. Eu vou identificar. Se tiver isso, eu não vi nada disso aqui, eu vou comunicar a todos e a gente vai corrigir. É difícil você trabalhar com alguém que não acredita ou que não quer”, afirmou.

Sampaio negociou o cargo diretamente com o vice de futebol, Roberto Frizzo, e o presidente, Arnaldo Tirone. Nada passou por Felipão. E no primeiro dia de trabalho, já teve que esclarecer o relacionamento com o xerife do elenco. “Vou ter que cobrá-lo se tiver que cobrá-lo, e espero que aceite. Se estiver errado que me mostre o ponto de vista. Se estiver certo, faça algo diferente”, disse.

Sampaio aproveitou a oportunidade para dar conselhos aos jogadores. “É hora de segurar a onde. Quem não quiser seguir um roteiro mais cauteloso e se preservar mais terá que arcar com as consequências”.

Palmeiras nega proposta feita pelo Grêmio para ficar com Kleber

Por Danielle Rosa

O Palmeiras parece mesmo querer receber de volta o dinheiro investido no Gladiador. Na tarde desta sexta-feira, o presidente Arnaldo Tirone revelou que não aceitou a proposta feita pelo Grêmio para levar o atacante.

Em 2010, o Verdão pagou 3 milhões de euros para ter direito a 50% dos direitos econômicos de Kleber. A oferta agora para quem tiver interesse no jogador é de 4,5 milhões de euros (o equivalente a R$ 11 milhões).

O time gaúcho oferecer R$ 3 milhões e não pensa em ceder um jogador. A esperança da diretoria alviverde caía sobre Douglas, mas este é o único que o Grêmio já afirmou que não entra na transação.

O presidente do Grêmio, Paulo Odone, foi sucinto e disse apenas que as negociações continuam. “O combinado é receber uma resposta na segunda. Sou realista e vou aguardar”, afirmou Odone.

Do outro lado, o presidente alviverde, Arnaldo Tirone, revelou que o valor não era o esperado. “Achamos ruim e sempre queremos mais. Eles ofereceram muito pouco. Claro que podem nos dar um jogador, mas adianta qualquer um. O (Roberto) Frizzo está à frente do negócio, mas é importante dizer que o Kleber é do Palmeiras e nós vamos dar o valor final”, revelou.

Além do Grêmio, Corinthians, Flamengo e Vasco se mostraram interessados em levar Kleber embora do Palmeiras.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Ricardo Bueno: “É complicado ficar explicando essa situação”

Por Danielle Rosa

Ricardo Bueno não tem explicações para a má fase do Palmeiras, mas não pensa em deixar o clube
Foto: UOL Esportes
Tudo normal nos arredores do Centro de Treinamento. Nenhuma movimentação, nada de protestos e os risos durante as trocas de passes continuam os mesmo. Na tarde desta terça-feira, o Palmeiras voltou aos treinos e o clima pesado de outros tantos dias não assombrar tanto.

Depois da derrota por 2 a 1 para o Atlético-MG, no último domingo, o Palmeiras já começou a semana com tumulto. No desembarque do time no aeroporto de Cumbica, um torcedor isolado fez questão de chamar a atenção. “Já não estão jogando faz tempo, nossa paciência acabou”, afirmou o manifestante Davi.

Um dia depois da confusão, tudo tranqüilo no CT do clube. Os jogadores entraram em campo para fazerem um treino em campo reduzido. Os goleiros, do outro lado do gramado, tiveram uma atividade para defesa de cruzamentos.

Felipão, como de costume, acabou o dia conversando com a comissão técnica enquanto caminhava pelo gramado. A preocupação com a má fase que o alviverde vem enfrentando nem deu as caras por aqui nesta tarde.

Nem os números parecem tirar o sono de jogadores e comandantes. Nesta temporada, o Palmeiras atinge a marca de 87 gols marcados. É o pior desempenho desde 2002, quando o time foi rebaixado à Série B do Campeonato Brasileiro. Naquele ano, o elenco, comandado por Vanderlei Luxemburgo, também converteu apenas 87 tentos. Nos outros anos, o número superava a marca dos 100.

E olha que não faltam oportunidades. De acordo com o Datafolha, o Palmeiras é o time que mais chuta a gol no nacional. A média é de 15,5 finalizações por jogo. Mas o grito de gol continua entalado na garganta dos torcedores.

A seis jogos de encerrar a temporada de 2011, o Palmeiras completou sete partidas sem vitória. E para complicar a situação, diante do Coritiba, no próximo domingo, não poderá contar com Maurício Ramos e Valdivia, suspensos após terem recebido o cartão vermelho diante do Galo.

A dúvida fica ainda para a volta do volante Marcos Assunção. “A gente perde de um lado e ganha do outro. Vamos perder na criação sem o Valdivia, mas podemos ter de volta a experiência de Assunção”, disse o atacante Ricardo Bueno.

O atleta, que ficou fora da partida contra o Galo e não vem sendo muito aproveitado por Felipão, tentou explicar a situação do time. “Não é um momento bom pra ninguém. Mas meu pensamento é fazer as melhores partidas possíveis para me firmar aqui no Palmeiras, porque eu quero ficar”, disse.

Nesta sexta-feira, 04, Felipão irá realizar outro treino especifico, desta vez para os atacantes. “Já participei desse tipo de treinamento em outros clubes. Acho bom, tem que fazer mesmo porque ajuda bastante. O atacante acaba treinando cada vez mais tentando chegar perto da perfeição”, revelou o camisa 9.

Perto da sombra do rebaixamento, o Palmeiras não marca mais do que um gol nos últimos dez jogos e vê cada dia mais a crise aumentar no clube. “Todo mundo tem sua parcela de culpa. Futebol é isso, há um mês atrás estávamos brigando por um título e agora estamos ouvindo críticas. É complicado ficar explicando essa situação”.

Tumulto na volta pra casa

Torcedor e segurança do Palmeiras entram em conflito no desembarque do time após a derrota para o Atlético-MG

Por Danielle Rosa
Revoltado, torcedor discute com seguranças e protesta
contra o time. Foto: Daniel Romeu

O Palmeiras perdeu mais uma vez no Brasileirão. Desta vez, o Galo levou a melhor dentro de casa ao marcar 2 a 1 no placar da Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. A má fase do elenco vem crescendo a cada rodada e o fantasma da zona de rebaixamento começa a rondar o time, mesmo que as chances ainda sejam remotas do episódio acontecer. E nem precisou de muito para tumultuar o ambiente. Apenas um torcedor começou o protesto no desembarque do elenco no aeroporto de Cumbica, nesta segunda-feira.

Davi, de apenas 17 anos, se exaltou e afirmou que o time passou a ter medo e parou de jogar depois do caso de agressão ao volante João Vitor. O tumulto começou quando os seguranças tentaram impedir a manifestação do garoto. Primeiro chegaram quatro seguranças para acabar com a cena, depois foi preciso mais três para acalmar os ânimos.

Davi foi o único protestante. Nenhuma torcida organizada compareceu ao aeroporto para criticar o time alviverde. Mas um só bastou para agitar o início da semana.

“Falo em nome da torcida palmeirense. Já não estão jogando faz tempo, nossa paciência acabou. Ou sai o técnico, ou todos os jogadores. Coloquem o sub-20 para jogar. Ou é homem de jogar, ou sai. Eles chegaram agora, o Palmeiras tá aí faz tempo”, protestou o torcedor.

Aos gritos, Davi também se revoltou contra os seguranças que tentavam acabar com os xingamentos. “Tem certeza que vocês vão me bater na frente das câmeras? Eu sou menor de idade, vocês podem ser presos. Eu protesto o quanto eu quiser, aqui é democracia”.

Nos últimos 19 jogos pelo Campeonato Brasileiro, o Verdão só conseguiu duas vitórias. Esta foi a terceira derrota consecutiva do Palmeiras e a sétima partida que o time não sai de campo com um resultado positivo (foram 3 derrotas e 4 empates).

Enquete: Internautas querem Felipão a frente do Palmeiras

A Equipe do Palestra Diário lançou uma pergunta na última semana: Felipão deve continuar no comando do Palmeiras? A maioria dos leitores aposta no xerife a frente do time. Ao todo, 60% acreditam que ele deve sim continuar dirigindo o elenco. Apenas 40% gostariam de ver o treinador longe do time.

Nos últimos dias, o rival São Paulo se mostrou interessado em levar o técnico para o outro lado do muro. De acordo com o próprio Felipão, um dirigente tricolor (Adalberto Batista, diretor de futebol do São Paulo), chegou a ligar para o presidente alviverde, Arnaldo Tirone. As duas diretorias conversaram a respeito e Tirone deixou claro que não quer perder Felipão. O interesse de fato existiu, mas o treinador continua defendendo a camisa verde e branco. Assunto encerrado.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Atlético-MG vence, sobe na tabela e vê crise no Palmeiras aumentar

Por Danielle Rosa

Palmeiras pós-Kleber continua caindo no Brasileirão
Foto: Carlos Roberto/Jornal Hoje em Dia
A vitória por 2 a 1 em cima do Palmeiras, neste domingo, na Arena do Jacaré, fez o Atlético-MG respirar aliviado no Brasileirão. O resultado deixa o Galo quatro pontos acima da zona de rebaixamento e com um ambiente bem mais tranqüilo para o técnico Cuca poder trabalhar.

O time mineiro partiu para cima do Verdão desde o início do jogo. Os mais de 17 mil torcedores que invadiram o estádio empurravam o elenco que precisava da vitória para se ver livre da perigosa zona de degola.

O gol não demorou a sair. Aos 36 minutos do primeiro tempo, Bernard fez um passe em profundidade para Neto Berola dominar e tocar na saída de Deola abrindo o placar em Sete Lagoas. O lance gerou muitas críticas do time alviverde, que reclamou de um possível impedimento. Mas o auxiliar acertou ao validar o gol.

No segundo tempo, a pressão atleticana não foi diferente e o segundo gol saiu de um belo toque de calcanhar de André para Fillipe Soutto aumentar a vantagem.

Nitidamente nervosos, os jogadores do Palmeiras passaram a reclamar mais e a darem entradas perigosas. Os momentos de ansiedade custaram duas expulsões ao time paulista. Maurício Ramos e Valdívia cometeram faltas violentas e receberam o cartão vermelho.

No final da partida, o Palmeiras ainda tentou um último suspiro e quase empatou. Aos 38 da etapa final Maikon Leite cruzou na pequena área para Luan desviar de cabeça para o fundo das redes. Mesmo com dois a menos, o Verdão não recuou e foi para cima, mas o goleiro Renan Ribeiro fechou o gol.

Com a vitória, o Galo atinge 36 pontos e sobe duas posições na tabela, ficando com a 14ª colocação. O Atlético-MG contou também com os resultados dos outros jogos para se afasta da zona de rebaixamento. Bahia, Cruzeiro, Ceará, Atlético-PR, Avaí e América-MG perderam e ajudaram o Galo a sair do sufoco.

Já o Palmeiras, soma sete jogos consecutivos sem vitória e aumenta ainda mais a crise entre clube e torcedores. O Verdão permanece com 41 pontos, em 13º lugar do campeonato. A preocupação do técnico Luiz Felipe Scolari e do elenco é não correr o risco de entrar na zona de rebaixamento. O Palmeiras segue a nove pontos da Z-4 e a onde do G-5.

Palmeiras e Atlético-MG voltam a campo no próximo domingo, 06. O Galo recebe o Corinthians, no estádio João Havelange, às 17h. Já o Verdão enfrenta o Coritiba, na Arena Barueri, às 19h.

Ficha Técnica
Atlético-MG 2 x 1 Palmeiras
Data: 30 de outubro de 2011
Local: Sete Lagoas, em Minas Gerais (MG)
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique

Cartões amarelos:
Atlético-MG: Daniel Carvalho e Pierre
Palmeiras: Cicinho e Valdivia

Cartões vermelhos:
Palmeiras: Maurício Ramos e Valdivia


Gols:
Atlético-MG: Neto Berola, aos 36 minutos do primeiro tempo; Fillipe Soutto, aos 17 da etapa final

Palmeiras: Luan, aos 38 do segundo tempo

Atlético-MG: Renan Ribeiro, Carlos Cesar (Serginho), Réver, Leonardo Silva, Triguinho, Pierre, Fillipe Soutto, Bernard, Daniel Carvalho (Magno Alves), Neto Berola (Richarlyson) e André
Técnico: Cuca


Palmeiras: Deola, Cicinho, Maurício Ramos, Thiago Heleno, Rivaldo, Márcio Araújo (João Vitor), Chico, Tinga (Maikon Leite), Valdivia, Luan e Fernandão (Vinícius)
Técnico: Luiz Felipe Scolari