Por Danielle Rosa
O mistério que cerca o atacante Kleber continua. E não apenas dentro dos muros do Verdão, o caso chegou também a CBF. Na noite deste domingo, a Comissão Nacional de Médicos de Futebol da entidade emitiu um comunicado oficial apoiando a comissão médica do Palmeiras e fazendo críticas ao jogador.
No sábado anterior ao clássico contra o Santos, Kleber chegou a ser escalado por Felipão para voltar à equipe, mas o atacante alegou que ainda sentia dores na coxa e que não iria se concentrar junto com a delegação.
Segundo o médico do clube Otávio Vilhena, o atleta treinou normalmente no sábado antes da escalação do técnico e não reclamou de dores ou incômodos na coxa durante o coletivo. Após o anúncio de que ele estaria liberado pelo departamento médico para voltar a defender a camisa alviverde nos jogos, o Gladiador afirmou que ainda sentia dores por conta da lesão.
Após o treino, Kleber se dirigiu ao hospital Albert Einstein para fazer uma ressonância magnética por conta própria para constatar se estava mesmo curado. Segundo pessoas próximas ao atleta, o exame detectou uma lesão de grau 2.
O episódio chegou ao conhecimento da CBF, que chamou a atitude do atacante de “antiética”. De acordo com a entidade o atleta não tinha necessidade fazer um exame por conta própria, o que desqualifica o trabalho médico que vem sendo realizado pelo clube.
A CNMF explicou ainda que o exame clínico no futebol tem peso maior do que os exames de imagem para que o jogador seja ou não liberado para atuar. A nota ressalta também que a ressonância magnética pode acusar a existência de uma lesão por até quatro meses após ela ter sido resolvida.
Até o momento Kleber não quis dar entrevistas.
Confira a nota oficial emitida pela Comissão Nacional de Médicos de Futebol da CBF:
“A Comissão Nacional de Médicos de Futebol vem por meio desta esclarecer que o critério para liberação de um atleta com lesão muscular é clínico. Do momento que não existem dores e o atleta consegue executar os movimentos e gestos necessários para a prática do futebol ele pode ser liberado para o Departamento de Preparação Física.
O exame de ressonância magnética, hoje banalizado no futebol, não serve para caracterizar a cura já que a imagem só revela a normalidade meses após esta cura. Se esse exame fosse critério de liberação dificilmente um atleta retornaria aos campos com menos de 4 meses após uma lesão qualquer, prejudicando a todos interessados.
No caso do atleta Kleber, da Sociedade Esportiva Palmeiras, os critérios adotados de cura foram perfeitos sendo que a atitude individual e antiética deste atleta de "por conta própria" realizar um exame de ressonância magnética contraria os conceitos médicos e em momento algum prova que o atleta continua sem condições de praticar suas atividades.”
* com informações do UOL
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