Jejum de vitória e protestos marcam início da semana no Palmeiras

Por Danielle Rosa



Marcos se preocupa com a queda de rendimento do time. Foto: Eduardo Anizelli/Folha Imagem

O Palmeiras passa por uma fase complicada. Não vence há seis partidas, teve um de seus atletas chaves afastado e enfrenta a revolta da torcida. Com chances até mesmo de não se classificar para a Sul-Americana, os dias que cercam a reta final do Brasileirão serão cinzentos.

O goleiro Marcos, que não atua há sete rodadas, anda inquieto com a situação. “Quando você inicia uma competição, tem quatro objetivos: ser campeão, chegar à Copa Libertadores, classificar para a Sul-Americana ou lutar contra o rebaixamento. As duas primeiras metas ficaram para trás. Agora, temos que lutar pela Sul-Americana e também ficar atento com a questão do rebaixamento”, alertou.

Marcos acompanhou de perto a derrota do time para o Figueirense, no último sábado. O elenco catarinense bateu o Palmeiras por 2 a 1 e liderou praticamente todo o jogo. O único gol alviverde saiu nos acréscimos do juiz, aos 48 do segundo tempo. O goleiro Marcos estava assistindo a partida das tribunas do Canindé e não gostou da desconfiança dos torcedores.

O ídolo do Verdão sabe que a relação entre a torcida e o clube não anda às mil maravilhas, mas ainda assim pediu apoio para que as últimas rodadas se tornem menos doloridas. “Nós entendemos essa ira da torcida e eles têm o direito de protestar pacificamente, mas quando a fase é ruim, o apoio é importante. A torcida é o espelho daquilo que acontece no campo”, disse.

Assim como Marcos, o grupo do Palmeiras acredita que o time vai sair dessa situação desconfortável na qual se encontra. A vaga pela Sul-Americana deixou de ser um objetivo e passou a ser obrigação.

Os jogadores se reapresentaram na Academia de futebol nesta segunda-feira. O treino foi fechado e a diretoria do clube aproveitou o momento para se reunir e pensar no futuro do Verdão.

Do lado de fora do CT, torcedores se reuniram para protestar. Os sócios do clube pedem mudanças no estatuto e querem ter voz ativa a partir das próximas eleições.  É o movimento de “Diretas Já” que a torcida implantou. E nem a chuva atrapalhou os manifestantes, que exigem o poder de voto nas eleições à presidência do clube.

O Palmeiras está na 13ª posição do campeonato e volta a campo apenas no próximo domingo, 30, diante do Atlético-MG, na Arena do Jacaré, às 18h.