terça-feira, 26 de julho de 2011

Telê Santana e seus 80 anos

Por Danielle Rosa

Hoje, 26 de julho, Telê Santana completaria 80 anos. Além de deixar saudades, deixou também lembranças de um futebol bonito, bem jogado, da arte nos pés do povo brasileiro.

Telê Santana treinou o Palmeiras em 1979
Para quem não se lembra, Telê chegou a assumir o Palmeiras em 1979. Passou rápido pelo clube, mas conseguiu montar uma equipe sem estrelas que se destacou por realizar belos jogos. Daqui foi para o comando da Seleção Brasileira.

Como jogador, Telê atuou doze anos pelo Fluminense. Passou também pelo Guarani e pelo Vasco. Mas foi no tricolor carioca que se consagrou e conquistou títulos e fãs. Nas Laranjeiras ganhou o apelido de “Fio de Esperança”. O garoto era magrinho e corria de um lado para o outro do campo sempre entrando no segundo tempo e colocando o Flu na frente do placar.

Virou técnico. E marcou uma época em busca de um futebol limpo, do chamado futebol arte. E, como não poderia ser diferente, venceu em cada clube. Foi no Flu que tudo começou. De lá foi para o Atlético-MG (onde conquistou o primeiro Campeonato Brasileiro), para o Grêmio, para o Palmeiras até chegar à Seleção Brasileira. Depois da derrota assumiu ainda o Al Ahli e o São Paulo, onde se consagrou Mestre.

Perdeu 82 e 86 e fez uma nação inteira chorar. E foi taxado por muitos de “pé frio”. Aquele homem simples do interior de Minas Gerais deixou de lado as lamentações de mostrou que o futebol arte pelo qual ele lutava estava para conhecer o mundo nos pés da equipe do SPFC.

No clube paulista conquistou o mundo e escreveu seu nome para a história. Ganhou títulos de expressão como a Taça Libertadores da América e o Mundial de Clubes. Seu nome é ecoado até hoje pelo estádios.

Ao deixar o São Paulo, em 1996, chegou a assinar com o Verdão, mas não pôde assumir a equipe. Seus problemas de saúde começaram a assombrar e o afastar dos gramados. Telê teve que enfrentar um quadro grave de diabetes, que o fez perder a perna esquerda, além de dois AVCs (Acidente Vascular Cerebral) que o tirar de vez do futebol.

Telê passou os últimos anos de sua vida ao lado da família. Sempre assistindo futebol. “Ele ficava em frente à TV e sempre que via um jogo de futebol os olhos enchiam de lágrimas como se ele quisesse estar ali”, relembra emocionada Dona Ivonete, esposa de Telê.

Aqui deixamos a nossa homenagem ao técnico Telê Santana pelos anos de ensinamento no futebol brasileiro. Parabéns Telê!

Um comentário:

  1. Fiquei curioso de conhecer os números de Telê no Palmeiras

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